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quarta-feira, maio 06, 2009

Uma cirurgia. Três dias no hospital. Segunda parte

Depois de muito prorrogar, hoje finalmente sento e conto como foi o segundo dia no hospital, com certeza o pior dia de todo o processo pós cirurgia.

Depois de uma noite muito agradável, ainda a base de anestesia e medicamentos, dormindo e não sentindo nadinha, chegou a manhã e um novo remédio foi adicionado ao soro, na hora comecei a sentir enjôos e muita ansia, mesmo não tendo o que vomitar os espasmos contraiam o abdômen e toda a area operada e senti as primeiras dores da cirurgia, e não eram poucas. A enfermeira adicionou um novo medicamento, provavelmente Plasil e os enjôos passram.

Um tempo depois comecei a ter muita vontade de fazer xixi, eu estava bem desde o dia anterior, havia ido ao banheiro quando me troquei para a cirurgia e sem beber nada só pela manhã a vontade apareceu.

Levantar ainda não era a ideia, e como a vontade era muito grande conheci a comadre, não tive problema nenhum em urinar deitada e sem saber onde ia parar aquele liquido, mas tive que levantar o quadril para colocarem a comadre e novamente a dor foi de escurecer a vista.

Bem, ai veio a pior parte. levantar da cama. A enfermeira toda solicita e simpática entrou e disse que já estava na hora de levantar, tomar um banho e caminhar. Pra quem não estava sentindo nada após a cirurgia, eu já tinha sentido muitas dores em tão pouco tempo. então obrigada, vou ficar deitadinha, mas isso não era uma opção.

O ruim de levantar é que a cama é muito alta então não existe apoio para os pés e toda a força em levantar ficava nos meus braços e no abdômem, já me perguntaram da escadinha, eu não lembro, acho que não estava lá.. mas sentar foi algo muito dificil. Eu que sou uma medrosa mesmo, não escondo e não me envergonho. Gritava que doia e que os pontos estavam abrindo e que não daria certo. Por fim a enfermeira e a minha mãe me ajudaram e fiquei sentada.

Já estava otimo, não queria me mexer mais, rss, mas a ideia era tomar um banho e a enfermeira dizia que eu ficaria nova, levantei e obviamente passei a sentir muita tontura e enjôo e a ansia voltou, tive alguns espasmos de querer vomitar que ocasionavam as dores, mas logo passou.

Eu procurei nem pensar no fato de ficar nua na frente de alguém que não conhecia e que provavelmente me dariam banho porque era algo muito novo pra mim. A minha mãe mesmo não me vê sem roupa há anos. Sem pensar em nada fui pra baixo do chuveiro, pela primeira vez via a cicatriz que eu pensava ser algo mais nojento e era só um risco a mais na minha barriga, me enfiei de cabeça e tudo debaixo da água... e não é que melhorei muito!!!!

Consegui me lavar onde mais precisava sozinha e também me secar, abaixar nas pernas e que não é possivel, apareceu uma outra enfermeira que ajudaria a colocar a cinta, fizeram o curativo da cicatriz e eu fiquei sentada na poltrona e neste momento o médico apareceu. Avaliou a minha cicatriz, perguntou como eu estava e liberou os primeiros bebes pós cirurgia.

Após colocar a cinta fiquei todo o dia na poltrona, o esterno era o que doia pra levantar e sentar mas muito mais tranquilo do que na cama, bebi sem problemas, fui ao banheiro fazer xixi outras tantas e caminhei nos corredores. As vezes sentia um sono tão intenso que parecia dopada e tinha que dormir, sentada mesmo.

No fim do dia, com toda a familia no quarto me preparei para deitar, isso por volta de umas 18h, não é tão facil, mas menos problematico, entrei novamente na fase do sono desesperador e quando acordei sentia muita falta de ar e quanto mais era estranho respirar, mais agoniada eu ficava, o ruim é que eu não conseguia me levantar sem doer muito e o mesmo problema da manhã ocorreu porque eu não tinha apoio e queria levantar para respirar melhor. Depois de sofrer um pouquinho com o meu esterno fiquei sentada na cama.

O pessoal foi embora e somente a minha mãe ficou novamente, eu fui para a poltrona e ela se deitou num sofazinho.. eu até dormi um pouco na poltrona mas queria deitar e optei por deitar no sofazinho, não era confortável como a cama, mas era baixo e eu podia levantar e deitar sozinha sem problema.

Não foi uma noite agradável como a outra, eu levantei muito para ir ao banheiro, o sofazinho não era confortável e as vezes parecia que me dava um calor que eu ligava o ventilador e depois tinha frio e o desligava..

Convivi mais com a dor porque não estava mais quieta na cama, mas assim foi o segundo dia!!!

| > enviado por Paty_Nunes 
as 5:38 PM Se o haloscan falhar






Nome: Paty
Idade: 37 anos
Local: São Paulo
Data da cirurgia: 19/03/09
Local: Hospital Panamericano
Plano de saúde: Samcil
Procedimento: By pass em y de roux sem anel aberta
Cirurgião Responsável: Adriano Corona Branco







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